Coitadinha, pensei eu! Está sempre em casa, as unicas vezes que sai é para ir ao veterinário e isso deixou-lhe um trauma com a caixinha. Cada vez que a vê, olha-a de esguelha e caminha para o lado oposto com ar de disfarce. Mas neste domingo de sol resolvi experimentar leva-la até á rua dentro da caixinha e abri-la numa zona calma, sem pessoas nem carros. Ela espreitou primeiro e antes de colocar a primeira patinha de fora ainda recuou umas vezes. Eu esperei-a cá fora sem pressionar e devagarinho saiu e caminhou na rua pela primeira vez, pé ante pé, agaixada com aquele ar felino e delicado tão tipico seu.
Mas o habito e o conforto do lar fizeram-na voltar rapidamente para dentro da caixa e soltar aquele miado que diz..."Vá, leva-me lá para casa, que eu quero deitar-me na poltrona. A rua não é para mim"
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