quarta-feira, 25 de abril de 2012

25 de Abril

 Só sei aquilo que os meus pais me contam, numa versão real, vivida. Os ideiais passados são fortes e deram-me uma grande noção da dificuldade por que todas as pessoas passaram e de agradecimento por tudo o que me conseguiram proporcionar, por toda a vida que tive, por toda a liberdade de que ja usufrui. Por tudo o que ainda hoje nos contam, por todas as noções de esforço que nos incutem e isso sim, tem-nos ajudado a ser-mos aquilo que somos. O que espero é que guardemos esses ensinamentos, que os saibamos passar aos nossos filhos e que continuemos a passar esta dignidade de mão em mão, de geração em geração, adaptando-a ás mudanças. Tornando esta nação, que em nada é fraca, numa nação de que nos orgulhemos sempre. Temos milhares de historias, milhares de anos de historia. Não podemos deixar que morram, temos o dever de melhorarmos as nossas pessoas cada dia, de nos distinguirmos no Mundo pelo que somos, seja pela passividade, seja pelo que fôr, somos nós e se nos aceitarmos e agarrarmos nisso como arma de luta, temos força. Podemos lutar com cravos nas armas. Um grande viva a todos que participaram nesta revolução á 38 anos atrás, pois não houve mais quem ousasse algo parecido. Que nos sirvam por muitos anos as suas historias, as suas dificuldades, pois um dia, quando deixarem de existir, sentirei receio pelo que possa vir.

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